quarta-feira, 8 de maio de 2013

A FORÇA GRISALHA



Neilson Santos Meneses (DGE/UFS)
 As mudanças demográficas que vem alterando a estrutura etária de muitos países e regiões, a partir da passagem de um regime demográfico “tradicional” para um regime “demográfico” moderno, ocorrem no contexto das transformações socioeconômicas do capitalismo contemporâneo, provocando um aumento continuo da proporção de idosos em várias sociedades. Vivemos uma sociedade cada vez mais grisalha e o envelhecimento populacional não constitui mais novidade no Brasil onde os idosos já representam mais de 21 milhões de pessoas e 11% da população total (Pnad, 2011). O país apresenta uma expectativa de vida crescente devendo a mesma atingir, segundo apontam as estimativas, 75 anos em 2020. Ademais, dados da Unfpa 2012 estimam que em dez anos o mundo atinja um bilhão de idosos.
Esse processo tem revelado novas facetas que repercutem no surgimento de uma força social cada vez mais evidente, a força grisalha, sendo possível observar essa realidade a partir de vários aspectos que caracterizam o momento atual. Entre esses aspectos é possível destacar a mobilização dos idosos, na busca por seus direitos como nos conta Fernandez e Santos (2007) “a análise da conjuntura envolvida na construção das políticas destinadas à pessoa idosa revela a força do movimento social dos idosos – “força grisalha”, onde alguns se comportam como verdadeiros atores e protagonistas coletivos na luta pelos seus direitos, por conquistas sociais e pela cidadania”. Além dessa forte integração a movimentos sociais e associativistas, verifica-se uma população idosa participativa do ponto de vista eleitoral, o voto é obrigatório para brasileiros entre 18 e 70 anos, porém muitos idosos de 70 anos e mais não abrem mão de comparecer e votar demonstrando uma disposição para continuar ativo e contribuindo com a sociedade. Esses idosos com mais de 70 anos representaram cerca de 6,5 milhões de votos e eram proporcionalmente 4,7 % do eleitorado brasileiro, segundo os dados das últimas eleições divulgados pelo TSE. Caso consideremos o poder do voto da população acima dos 60 anos, o eleitorado idoso já é bastante significativo, representando aproximadamente 16 % do eleitorado do país e cerca de 22,5 milhões de votos. A contribuição dos idosos a dinâmica social é um fenômeno crescente, á medida que aumenta esperança de vida e cresce proporcionalmente o número de idosos na população.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Filhos fora do casamento apresenta tendência crescente

Uma pesquisa de Carl Haub demógrafo sênior do Population Reference Bureau revela que em vários países europeus, inclusives países onde a moral religiosa é forte, como Portugal, Itália e Espanha, assim como nos Estados Unidos apresentam uma tendência crescente de gravidez não marital, isso ocorre inclusive em países de baixissima fecundidade coma Coréia do Sul. Segundo o pesquisador isso no minimo pode está contribuindo para manter a natalidade atual, será que esperar a formação do casamento, um lar para depois pensar em filhos pode afetar a taxas de natalidade???

Veja mais na reportagemhttp://www.prb.org/Articles/2013/nonmarital-births.aspx
 

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