Neilson S. Meneses (DGE/UFS)
Observa-se, particularmente
nos anos mais recentes, que o mundo vem sofrendo transformações profundas que
tem impactado não só no perfil da população, mas também mudado as prioridades
em termos de políticas públicas e investimentos (ABEP; UNFPA, 2009). Entre as
principais transformações no perfil da população estão relacionadas à passagem
de um regime “demográfico tradicional” para um regime demográfico “moderno”,
explicado no contexto da teoria da transição demográfica. Essas mudanças
apontam, entre outras coisas, uma tendência de envelhecimento da população
mundial. É consenso que esta “revolução” demográfica trará consequências para
todos os ângulos da vida individual e da sociedade, inclui aí aspectos que
dizem respeito às comunidades, nações e continentes. Nessa direção os desafios
envolvem impactos econômicos, sociais, políticos, culturais e territoriais e
devem promover uma reavaliação das iniciativas de políticas públicas e
investimentos.
Em Sergipe, a dinâmica
populacional nas últimas décadas, coloca em evidência transformações
importantes pelas quais tem passado a população. O processo de transição
demográfica em Sergipe tem sido acompanhado por uma transição rural urbana, por
mudanças na dinâmica migratória, pela redução veloz da fecundidade e pela
diminuição no ritmo de crescimento populacional nas duas últimas décadas. Todo
este contexto tem desembocado em um processo de envelhecimento populacional que
se caracteriza como mais atrasado, porém mais veloz se comparado com o processo
em termos de outras regiões do país.