sábado, 25 de novembro de 2017

Dossiê Migrações Internacionais

A revista Mediações - Revista de Ciências Sociais Site da Revista da Universidade Estadual de Londrina publica em seu v. 22, nº 1 Veja aqui um dossiê sobre migrações internacionais.

terça-feira, 30 de maio de 2017



ENTREVISTA AO BLOG DEPOIS DOS 50 - http://blogs.oglobo.globo.com/depois-dos-50/

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Geração sanduíche: os dilemas de quem cuida de pais e filhos ao mesmo tempo

As demandas são muitas. Enquanto os pais precisam de cuidado, os filhos - muitas vezes já adultos mas ainda em casa - também solicitam esforço. Entre ascendentes e descendentes - todos dependentes - uma geração imprensada cresce a olhos vistos de quem pesquisa a demografia do território brasileiro e seu caráter nada estático. Trata-se da "geração sanduíche", explica o professor do departamento de Geografia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) Neilson Santos Meneses. Doutor em ordenamento territorial e meio ambiente pela Universidad de Zaragoza, Espanha, ele tem concentrado sua pesquisa na área da geografia da população e análise de indicadores sócio-demográficos para o planejamento e gestão pública.
Integrante do Núcleo de Ações e Pesquisa para a Terceira Idade/NUPATI-UFS, Neilson fez parte da equipe que implantou a Universidade Aberta a Terceira Idade da UFS, Neilson ressalta, com base em dados e na literatura já disponível sobre o tema, que as novas responsabilidades que se impõem podem comprometer da saúde ao bolso. Quem entra no grupo dos cuidadores e provedores precisa reestruturar a vida e as relações, estar pronto para os conflitos geracionais inevitáveis, o trabalho excessivo e não remunerado e tampouco reconhecido.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

GERAÇÃO SANDUICHE




            Neilson Santos Meneses
DGE/UFS

A evolução da sociedade nas últimas décadas produziu, em um sentido demográfico, uma ampliação da longevidade do brasileiro o que tem provocado um aumento do número de gerações coexistindo em um mesmo período histórico e social (em muitos casos também corresidindo). O resultado disso se configura na multigeracionalidade que aflora no contexto de mudanças sócio demográficas, com novos arranjos familiares, um novo padrão de fecundidade, um crescente processo de envelhecimento populacional, e por outro lado uma juventude extensiva (jovens que demoram mais tempo para se emancipar).
Quando a maior longevidade se converte em demanda por cuidados e a juventude em uma dependência mais longa, os ganhos com o alongamento da vida e os de poder compartilhar por mais tempo a convivência com gerações distintas podem se tornar um inconveniente (Ruiz Coloma, 2012).
Isso é especialmente preocupante quando nos referirmos à geração de pessoas de idade intermediária que por sua posição “imprensada” entre duas ou mais gerações pode acabar enfrentando o desafio de fornecer ao mesmo tempo o cuidado aos filhos, aos pais idosos e em alguns casos também o suporte aos netos, em especial no contexto da fecundidade precoce. É o que na literatura especializada tem se denominado por geração sanduiche (Myller, 1981, Zal, 1993, Mota, 2010, Jesus e Wajanman, 2014).
 

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