Neilson
Santos Meneses (DGE/UFS)
Embora o ritmo de urbanização em Sergipe
tenha ocorrido de maneira mais lenta na última década, observa-se que esse
crescimento segue existindo e tem se localizado mais intensamente na periferia
das maiores cidades, onde ocorre o maior crescimento da população urbana. É aí
onde a população de baixa renda, “órfã” de políticas de habitação especificas e
que deem conta das demandas, busca ter acesso a um pedaço de terra onde
construir sua habitação. É também nesse contexto que o Censo 2010 do IBGE
aporta informações sobre população residente em aglomerados subnormais
As informações do censo 2010 do IBGE,
quando comparados com dados anteriores do IPEA(1991), revelam que a proporção da população residente em aglomerados
subnormais, em Aracaju, mais que triplicou no período de 1991 a 2010. Os dados
indicam que essa população passou da proporção de 2,4% para 10,8 % da população
total, o que representa atualmente mais de 60 mil pessoas vivendo em
aglomerados subnormais, isto representa um número de habitantes que é maior que
o número de habitantes de 69 municípios do estado, ou seja, apenas seis
municípios do estado tem população maior que a população residente em
aglomerados subnormais em Aracaju. Isso indica que a situação habitacional em
Aracaju pode ser considerada preocupante.