domingo, 11 de dezembro de 2011

Volume migratório é alto em Sergipe

Texto: Célia Silva
O fluxo migratório no Estado vem caindo nas últimas três décadas. Entre os anos setenta e oitenta, 103.133 mil pessoas deixaram Sergipe, enquanto 73 mil entraram em solo sergipano. Já em 2008, 139 mil cidadãos trocaram Sergipe por outros Estados e 128.332 optaram morar em alguma cidade sergipana. O crescimento econômico e a industrialização favoreceram à redução do saldo migratório.
Na avaliação do professor do departamento de geografia da UFS e doutorando em população sergipana, Neilson Menezes, o volume migratório ainda é significativo em Sergipe, mas caiu nas últimas décadas. Ele disse, no entanto, que no geral, o número de pessoas que deixam o Estado é maior que o total de pessoas que entram. Neilson Menezes falou que, apesar de Sergipe ter avançado no número de indústrias e no desenvolvimento econômico, a concentração agrária e de renda contribuem para o saldo negativo de migração.

Sergipe registrou saldo positivo apenas entre os anos 80 e 90. Nessa década, 94.040 pessoas deixaram Sergipe, enquanto 122.046 entraram no Estado. De acordo com o geógrafo, foi justamente nesse período que a indústria da construção civil se fortaleceu e a Petrobras se solidificou em Sergipe.

Já a redução do saldo negativo nos últimos anos está ligada ao crescimento da indústria do turismo e a implantação de novas indústrias principalmente no interior do Estado. “A política de interiorização que vem sendo desenvolvida pelo governo atual tende a resolver o problema da migração”, falou.

Juventude
A parcela da população que mais migra em Sergipe é o jovem entre 18 e 29 anos de idade. O geógrafo, que estuda o movimento da população em Sergipe, disse que eles saem em busca de melhores condições de trabalho e de vida. “Saem, principalmente, do interior do Estado, onde as perspectivas de trabalho são menores”, falou.

Os baianos são a maioria entre os migrantes que deixam o seu Estado para morar em Sergipe. Na década de noventa, 37 mil baianos se mudaram para Sergipe. Em seguida, aparecem os alagoanos com 27 mil e em terceiro os de São Paulo.

Já o destino preferido do sergipano ainda é São Paulo. Na década de noventa, 47 mil pessoas trocaram suas residências em Sergipe para morar em São Paulo. Já o destino Bahia foi a opção de 30 mil sergipanos. “É importante ressaltar que está incluída aí a migração de retorno, ou seja, sergipanos que deixaram o Estado e depois decidiram retornar”, disse o professor.

fonte: Jornbal da Cidade  Publicado: 20/08/2010

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